No dia 30 de Abril de 1977, na Argentina, as mães da Praça de Maio, iniciaram os seus protestos junto à “Casa Rosada”, a sede do poder.
Durante a ditadura militar (1976-83), a mais tenebrosa e sanguinária de toda a América Latina, muitas crianças, filhos dos casais tidos por mais subversivos foram retirados aos seus pais e entregues a militares, para serem “ reeducadas “, enquanto milhares de oposicionistas eram presos ou simplesmente, desapareciam. Muitos acabaram enterrados em vales comuns, com evidentes marcas de tortura. Outros foram directamente lançados para o exterior, a partir de aviões em voo. Um cortejo de horrores, durante anos, tolerado pelo chamado mundo civilizado com o imprescindível aval dos E.U.A.
Para combater a ameaça comunista não se olhava a meios. E ainda hoje é assim.
“ Os comunistas “ é que são outros…
Entretanto muitas dessas mães ainda esperam justiça…
No dia 28 de Abril de 1969, Charles de Gaulle, politicamente fragilizado pela crise de Maio de 68, renunciou à Presidência Francesa. O que começou por ser um protesto corporativo e aparentemente inconsequente rapidamente se transformou num dos maiores movimentos de contestação social do período pos-guerra. Ultrapassado pelo radicalismo e pela imprevisibilidade do movimento o P.C. francês, às ordens de Moscovo, foi um dos seus mais fortes opositores fazendo frente com o partido gaulista no poder.
O Gaulismo agonizava...e o o Estalinismo já tinha conhecido melhores dias. A esquerda tentava de todas as formas reinventar-se a partir dos grupúsculos que abandonavam os Partidos Comunistas tradicionais para abraçarem Trotsky, Mao, Rosa Luxemburgo e outros defuntos.
Reeleito no mês de Junho, em eleições antecipadas que, em plena crise,ele próprio provocara, ao dissolver a Assembleia Nacional, de Gaulle percebeu que a unidade entre os franceses, que julgava encarnar, tinha sido irremediavemente posta em causa . E daí soube tirar as devidas consequências...atitude que, nos dias de hoje, simplesmente não se vê.