"Nunca achei justo que os livros de história, se referissem aos combates ganhos pela cavalaria como grandes vitórias, enquanto às vitórias dos índios chamavam massacres".
Filósofos, economistas, sociólogos, políticos e outros videntes prometem-nos para 2009, o fim do mundo. Pelo menos...
Afinal o capitalismo, que por todo o lado estrebucha, já não é, como nos tinham assegurado, o último paradigma, o "Fim da História ".
Pelo andar da carruagem, parece mais ser a a História a pôr-lhe fim.
Agora , que se anunciam as maiores desgraças e nos dizem que para o ano tudo será pior, não acredites. Com a ajuda dos amigos, podemos mudar as coisas..
A celebração da passagem de ano tal como a conhecemos, apenas se consolidou pelo mundo fora , há aproximadamente 500 anos, mas as suas raízes mergulham bem mais fundo na História.
A primeira comemoração, chamada de "Festival de Ano-Novo" ocorreu na Mesopotâmia por volta de 2.000 a. C. Na Babilónia, a festa começava por ocasião da lua nova que anunciava o equinócio da Primavera. Um dos momentos em que o Sol se aproxima da linha do Equador, fazendo com que os dias e as noites tenham igual duração.
No calendário actual, tal ocorre em meados de Março (mais precisamente em 19 de Março), data em que os espiritualistas comemoram o Ano Novo esotérico.
Nesses tempos, celebrava-se a renovação da natureza. E de tudo o resto.
Despiam-se, os reis dos seus símbolos , e por um dia , estes encarnavam o vulgar cidadão. E pelos cidadãos eram julgados, atravessando as multidões que os fustigavam com queixas, insultos e outras coisas.
Quase sempre pela má governação.
No final, depois de experimentarem a raiva da multidão, já purificados, os reis reassumiam o seu papel, prometendo para o próximo ano, mais pão e justiça para o povo.
Assírios, persas, fenícios e egípcios comemoravam assim, no dia 23 de Setembro, o Ano Novo.
Os gregos celebravam o início de um novo ciclo entre os dias 21 ou 22 do mês de Dezembro.
Os Celtas celebravam nas suas festas de fim de Inverno, por altura do equinócio, o renascimento cíclico da vida e a fertilidade da natureza. Esperavam-se as fartas colheitas que premiassem um ano de duro trabalho.
Quanto aos romanos, foram os primeiros a estabelecerem um dia fixo no calendário para a comemoração desta grande festa, que associavam à data fundação da cidade de Roma por Rómulo, o seu primeiro rei (753 a.C.)
O ano começava no dia 1 de Março, mas foi mudado em 153 a. C. para dia 1 de Janeiro e mantido no calendário juliano, adoptado em 46 a. C.
Adopando a velha táctica do "se não podes vencê-los junta-te a eles ", a igreja católica integrou estas festas pagãs onde todos os excessos eram bem vindos, no seu calendário liturgico, para melhor controlar as perdas.
Em 1582 o papado consolidou a comemoração desta festa, na actual data, quando adoptou o novo calendário gregoriano. A data ficou assim estabelecida, de vez. Quanto aos excessos...
Mas ainda hoje, diferentes povos e países comemoram o dia em diferentes datas.
Na China, a festa da passagem do ano começa em fins de Janeiro ou princípio de Fevereiro. No Japão, o Ano Novo é comemorado do dia 1 de Janeiro ao dia 3 de Janeiro.
A comunidade judaica tem um calendário religioso próprio e sua festa de Ano Novo ou Rosh Hashaná, "A festa das trombetas", dura dois dias do mês Tishrê, que ocorre em meados de Setembro ou início de Outubro segundo o calendário gregoriano.
Para os islâmicos, o Ano Novo é celebrado em meados de Maio, marcando um novo início. Comemora-se a Hégira (em árabe, emigração), altura em que o profeta Maomé deixou a cidade de Meca estabelecendo-se em Medina. O ano 622 da era cristã. O ano zero da era Muçulmana.
Hoje em dia, no mundo ocidental, a festa da passagem de ano é o que sabes. Uma coisa é certa: se a tradição Babilónica fizesse por cá História, poucos dos nossos governantes sobreviveriam a quatro passagens de ano e a outros tantos rituais de humilhação. Não haveria redenção possível.
No dia 30 de Dezembro de 1916, o monge ortodoxo, Gregori Rasputin foi assasssinado a mando da família imperial russa, para pôr fim à sua influência junto da czarina Alexandra.
No dia de Dezembro de 1557, Mem de Sá chegou à cidade de S. Salvador na Baía, como novo governador do Brasil. Tinha como objectivo maior acabar com os motins indígenas.